sexta-feira, 27 de junho de 2014

Como é bom ter avós!


É maravilhoso
Ter avós.
Escutar histórias sabidas de tempos atrás
Quando não éramos mais que um imprevisível rumor de sonho.
Descobrir a cidade antiga através das lembranças bonitas dos avós.
Tudo era mais simples, mais limpo, mais puro, mais fantástico.
A vida da era uma pintura impressionista , sempre fresca, como uma manhã suave de férias.
Como uma perfeita manhã em casa de avós.
Cheirando a carinho e a sabedoria humilde e singela.
Como é maravilhoso ter avós.
Apreender gestos lentos, conselhos destros, olhares de encanto e orgulho
E doação total
E amor além deste mundo
E tanta coisa bonita que’u não sei descrever.
Obrigado meu Deus, por esta maravilhosa dádiva!
Como é bom ter avós!

26.06.2014 
Bruno Luan Teixeira Barreto

terça-feira, 1 de maio de 2012

ATEMPO

Concomitante
Tempo
Vida e tempo
Nada e tempo
Quase e tempo
Nós e tempo
Luta e tempo
Morte e tempo
Concomitante
E mente
E tempo
E transe
E tempo
E mesmo
Instante
E todo
Tempo
E todo
Tempo
Vida e tempo
Homem tempo
Mesmo texto
Mesma rede
Mesmo pano
Vivo e pleno.

14.03.2012
Bruno Luan Teixeira Barreto

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

GALERIA

Pôr-do-sol no Ituqui, de Bruno Teixeira Barreto


Este post da início no "Entrelinhas" a exposição de algumas imagens de minha própria autoria, e de fotógrafos (e artistas de modo geral), que são referência para muitos com certeza; os quais admiro, seja pela sensibilidade, estilo e qualidade de seus trabalhos.

Espero que apreciem e comentem.

Desde já obrigado pela atenção.


Abraço.

A LUZ VERDE


A vista clareou rapidamente, e ele recuou com certo medo. A luz brilhou mais intensamente, piscou, e reacendeu, em seguida apagou-se... e ficou nesse pisca-pisca. Ele tentou olhar a fonte de onde vinha o brilho verde, não pôde vê-la , precisava chegar mais perto.
Passou à porta, deteu-se uns segundos para olhar ao redor e verificar qualquer coisa estranha ou perigosa (além do clarão esverdeado naquele quarto, coisa que ele jamais vira). Aproximou-se devagar, as mãos em pala na fronte, os olhos espremidos tentando ver melhor, os dentes mordendo os lábios. E a luz oscilando: ora brilhava, ora sumia-se.
Apenas três passos o separava da coisa. Deu mais um passo e, de repente a luz sumiu-se, mas não como outrora que logo reacendia, desta vez havia sumido e permanecido assim, apagada. Ele, então, enfim pôde ver a coisa que emanava aquela luz, tão forte e verde.
Pôde distinguir uma peça e outra: uma base, aparentemente de madeira; afixado sobre a base um tipo de adaptador um objeto semelhante a uma esfera, mas alongada na extremidade do encaixe, era verde e aparentemente de vidro.
Quando tocou a esfera deu um pulo.
- Ahh!... Diabo quente dos inferno!... Queimou minha mão!...
E pôs-se a xingar a lâmpada queimada gesticulando exageradamente.


Bruno Luan Teixeira Barreto, 2008.

______________________________________________
(Mais um texto que eu encontrei em um velho caderno...)

segunda-feira, 28 de março de 2011

Seja bem vindo...

E que pensem, eu não me importo

e que falem, que eu suporto
tenho você e isso me interessa
vem sem medo, vem sem pressa.
Traz o amor, ele é bem vindo
a porta está aberta e você não precisa de convite
Vem ver a lua da janela do meu quarto
espalha pela casa o teu cheiro,
na minha roupa o teu desejo,
no meu corpo, teu doce beijo.
Pode entrar e traz o amor, ele é bem vindo...
entre e tranque a porta pelo lado de dentro.

 
março de 2011
Naty Sena

sexta-feira, 11 de março de 2011

Poema de volta pra casa

Me venho embora pra casa
Uns moleques brincam de bola
E o céu é um borrão de Salvador Dalí

Eu vou pela trilha da praça
A grama é fria como o meu coração
Umas garotas vão à igreja
E o céu é uma tenda sobre uma lixeira

As pedras são obstáculos insignificantes
Já as dúvidas...torturam-me!
Os pássaros sumiram
E o céu desabou com toda força
Sobre minha excentricidade.


23.03.08
Bruno Teixeira Barreto

Sobras da vontade

Que me resta agora:
Saudades de ti?
Donde me veio tão belo sentimento
Bem-querer?
Toda uma paixão que poderia ter sido
Mas que até agora não foi!

Que me resta agora:
O arrependimento?
Este incoveniente necessário!
Isso machuca, não o digo por fraqueza
Isso realmente machuca, embora eu queira enganar-me
Que me resta agora? (ecoa)



23.03.08
Bruno Teixeira Barreto